Lírio do Pai, Tabor para o Mundo!!
27 de agosto de 2009
16 de agosto de 2009
“Juventude com Maria, em marcha pela paz”.
6 de agosto de 2009
O namoro humano
O namoro é um encontro de duas pessoas. Encontro original, diferente, tocante, envolvente. Começa carregado de impulso, instinto, atração. Traz, porém consigo, horizontes maiores, surpresas arrebatadoras, descobertas e sonhos fascinantes. O namoro tem rumo, direção, objetivo. Não é um encontro qualquer. Não é epidérmico, nem destinado ao surfismo, à superficialidade, mas às profundezas e às alturas.
No namoro encontram-se duas histórias, duas consciências, dois futuros, duas necessidades, duas diferenças, dois mistérios que irão se olhar, se acolher, dialogar, sorrir, desabafar, confidenciar, confiar, decidir e conviver. O namoro é porta de entrada em direção à vida, ao amor, à família, à paternidade.
O namoro humano acontece mais na alma, no coração, na intenção, na consciência do que no corpo. Como é pobre, equivocada, vazia e frustrante a experiência do namoro onde só rola paixão, ciúme, sexo, transa. Egoísmo e imaturidade, despreparo e desconhecimento de si e do outro, fazem do namoro uma brincadeira erótica, cheia de enganos e desilusões. É preciso distinguir entre o que é gamar, gostar, amar. O coroamento do namoro é a decisão em contrair núpcias, formar família, transmitir e educar vidas e pessoas.
Namoro não é passa tempo, não é programa de fim de semana, não é mera camaradagem, companheirismo, aproveitamento, curtição, muito menos fuga de casa, medo de sobrar, imitação da moda (todo mundo faz), busca de auto-afirmação. Namoro é conhecimento mútuo, partilha de vida, esperança em ser mais, tempo de crescimento e amadurecimento.
O namoro verdadeiro é iluminado por um ideal, um valor objetivo, a realização de si e do outro. Pelo namoro as pessoas se preparam para a missão de ser esposos, de formar família e principalmente para responsabilidade e a beleza inaudita de serem pais de seus filhos. Muitos casamentos são forçados, apressados, imaturos, falsos, interesseiros, inseguros, despreparados porque o namoro e o noivado não foram além da carne, transformaram-se em erotismo, prazer, curtição, no sentido de “aproveitar a juventude”. Assim não pode dar certo.
Somos pessoas frágeis, feridas, portadoras de condicionamentos, imaturidades e até portadores de patologias profundas. Não é pois aconselhável namorar cedo demais. Namoro precoce é um risco. Logo aparecem as brigas, ciúmes, dificuldades de diálogo e até falta de assunto. Começa o afastamento das boas amizades, isolamento, as rupturas com a família, o desleixo nos estudos. Deste modo o namoro acaba em sofrimento e desgaste que envolve muita gente.
Precisamos devolver ao namoro o seu significado autêntico, livrá-lo da banalidade e de interesses egocêntricos. Namoro é uma experiência do amor humano que é visibilidade do amor de Deus pelo mundo. Se há alguém enamorado pela humanidade é Deus. Os namorados podem fazer uma grande experiência do amor de Deus através do namoro. O amor dos namorados ajuda-nos a descobrir o coração enamorado de Deus por seus filhos e filhas. É no namoro que está o início da educação de uma criança, e são colocados os alicerces de uma família estável, duradoura e feliz. Todos queremos ser decisivamente, autenticamente, pessoalmente amados. O caminho normal para esta experiência é o namoro que requer maturidade física, psicológica, ética e social. Namoro não é assunto privatizado, um relacionamento a dois, sem conseqüências para a vida. Pelo contrário, o que mais repercute na existência humana é o namoro porque é experiência de amor e caminho para a auto realização, para o bem da família e conseqüentemente da sociedade.
Em nossos dias, a experiência sexual é cada vez mais precoce e fortemente influenciada pela pornografia via internet, celular etc., por outro lado, a permissividade sexual dos adultos recebe também o nome de namoro. Chegou a hora de restituir ao namoro seu autêntico significado, ou seja, uma etapa, uma experiência de amar e ser amado com exclusividade, fidelidade, respeito, pois, amar é querer o bem do outro, amor de benevolência.
Fonte: www.portalcatolico.org.br