Lírio do Pai, Tabor para o Mundo!!

Lírio do Pai, Tabor para o Mundo!!

25 de fevereiro de 2007

Palavras do Pai e Fundador


"Lembrei-me então de um acontecimento da história da Espanha e Portugal que justifica o nome filhas-lírios, é um acontecimento que dá ao canteiro de lírios um caráter combativo. Foi no ano de 1048, portanto, há 900 anos, o rei Amaria de Nomarra travava uma batalha muito importante e perigosa contra seus inimigos e receava ser derrotado. Em um determinado lugar ele encontrou uma imagem de Maria, cujo o título era Nossa Senhora dos Lírios. Era uma imagem de Maria com o Filho. E a Mãe de Deus com o Filho surgiam de um lírio alvo e imaculado. O rei se ajoelhou diante de Nossa Senhora dos Lírios, rezou fervorosa e ardorosamente e ganhou a batalha. Em sinal de agradecimento, mandou erigir nesse local uma grande igreja e, conforme o espírito daquele tempo, fundou uma Ordem de Cavalaria: a Ordem de Nossa Senhora dos Lírios.
Minhas queridas filhas-lírios! não poderíamos nós também dizer que vencemos uma batalha difícil? Cada uma de nós em particular, quantas lutas, quantas batalhas já venceu? E toda a juventude? E toda a Família? Esta juventude se comprovou de modo excelente nas duras lutas do passado. E, apesar das grandes "dificuldades", quantas vieram para cá ao primeiro aceno. Não vieram para desfrutar uma vida boa, mas par4a render amor, respeito e gratidão à Mãe de Deus, e assim se preparar para as novas lutas. Realmente, a Mãe de Deus se comprovou admirável e sumamente bondosa para conosco.
Mãe de Deus, será que também nós, semelhante ao que fez o rei, não deveríamos construir para ti uma catedral viva, um monumento lirial vivo?
Quem deve representar esta catedral lirial? Nós, a jovem geração que hoje sobe os degraus do altar! Não poderíamos, hoje, fundar uma Ordem de princesas, as princesas de Nossa Senhora dos Lírios? Então eu poderia dizer: minhas queridas princesas! Que eco estas palavras produzem?
Abramos novamente o antigo livro da história e fixemo-nos na imagem que agora apresento: como era o traje desses cavaleiros? Ostentavam no peito um lírio bordado com fio de prata, e nas festas de Maria usavam uma corrente de ouro do qual pendia uma placa dourada com um lírio dourado sobre o qual estava gravada a letra "M" de Maria. Somos princesas de Nossa querida Senhora, de nossa querida Senhora Três Vezes Admirável dos Lírios! Como deve ser nossa veste? devemos também trazer lírios em nosso vestido? Não seria melhor e mais belo se todo o nosso ser fosse lirial? Cada princesa de Nossa querida Senhora dos Lírios representa continuamente um lírio, não somente nas festas de Maria, mas dia e noite, nos domingos e dias de semana, se é jovem ou idosa, em situações difíceis ou até mesmo numa atmosfera de impureza, em toda parte ela representa um lírio perfumado, florescente e imaculado. Como podemos imaginar este lírio? O olhar não apresenta nenhum traço menos nobre, é todo puro e cheio de luz. Em toda a pessoa, quer se pense na face ou no corpo, nada se inclina ao puramente terreno; cada movimento, cada passo, cada respiração deve proclamar: sou uma princesa nobre, filha de um rei nobre! assim se apresenta o lírio. Não precisamos de símbolos, porque nós mesmas somos um símbolo vivo.
Minhas queridas princesas! Não queremos, hoje, ser elevadas a este estado de nobreza? Agora somos escudeiros, depois da consagração seremos pequenos cavaleiros, princesas da Mãe Três Vezes Admirável dos Lírios. Ela mesma é um lírio! Assim imaginamos a Mãe de Deus: o olhar cheio de alma, irradiante e a face pura, mas não somente de modo natural. Isto significa: sou doada, eu pertenço à eterna e divina Majestade.
E a corrente de ouro? Os cavaleiros das antigas ordens de cavalaria tinham o costume de usar uma corrente de ouro nas festas de Maria. Nós representamos essa corrente de ouro. Cada uma de nosso círculo que hoje se aproxima do altar é um elo desta corrente. Os diversos elos estão unidos indissoluvelmente entre si. Ouro significa fidelidade, amor! Estamos enlaçados em fidelidade de ouro. Em fidelidade divina umas às outras e com Cristo, o Rei. Nada. Nada mesmo poderá nos separar de Jesus, o Eleito do meu coração, como diz o Cântico dos Cânticos: Meu amado é meu e eu lhe pertenço. Na corrente há uma plaqueta na qual está gravado, com letra dourada, o "M" de Maria. Nossa fronte - ostenta um único nome. Não queremos escrevê-lo numa placa, quanto muito indicá-lo no broche:- MTA. Que significa MTA? esta é uma princesinha da Mãe três Vezes Admirável dos Lírios. Todo o meu ser é um lírio florescente e eu pertenço à Mãe de Deus, à Mãe Três Vezes Admirável dos Lírios. Eu lhe pertenço e ela me pertence. juntas somos responsáveis para que esta Ordem dos Lírios seja propagada e continuamente receba impulso, de modo que o amor aos lírios jamais se apague das fileiras da nossa juventude de Schoenstatt.
Estão de acordos que me detenha um momento neste pensamento da ordem dos Lírios, neste pensamento das princesas? Pode ser que passageiramente não me adapte ao seu pensamento feminino e as senhoras sintam tudo isso como algo vigoroso e varonil. Apesar disso, parece-me que a vida atual exige de nós tal linguagem, e que representamos não só um canteiro de lírios, porém uma Ordem dos Lírios, isto é, que não sejamos somente filhas-lírios, mas princesas liriais. Se me perguntarem que programa devemos inscrever na fronte da nossa Ordem dos Lírios, que divisa, que normas ela deve ter? Com todo o prazer inscrevo e quero gravar nela duas palavras.

A primeira: Quae insignes esse volunt - as que querem se distinguir.

A segunda: Quae regina esse volunt - as que querem pertencer à Rainha."

Pe. Kentenich

Um comentário:

Anônimo disse...

Este texto foi lido na reunião do dia 25 de fevereiro. Belas palavras de nosso Pai!
Que cresça em nós a vontade de distinguir e pertencer à Rainha!
Bjusss